A cada artigo que escrevo, vivo uma nova viagem astral. Quando entro nesse processo íntimo da escrita, me deixo levar pela liberdade dos traços que produzo. Pura terapia! Porém, há momentos em que a pesquisa me leva a descobertas intrigantes. Essas descobertas nem sempre tem haver com a clássica trilogia destino-cultura-sociedade. A busca por exploração permite também um olhar mais interior, e nesses mergulhos acabo sempre descobrindo novos horizontes, surpresas que me libertam e me levam para fora da caixa. Mas falando dos Rapa Nui, não sei bem se entendi aquilo tudo. Mas, uma coisa é certa, vi um povo que se desenvolveu imerso na escassez, distante de tudo, sendo bravo para sobreviver e contra todas as forças da natureza descobriram meios de levar seus dias longos e vazios. Talvez esteja sendo duro demais na minha análise e de certa forma investigativa, mas existe nisso tudo um pouco de dogmatismo, talvez fanatismo, que ao longo da história os levaram ao colapso. Numa visão cientificista, foi uma sociedade insustentável. É evidente também, que em algum momento os Rapa Nui seriam dominados pelos exploradores estrangeiros que, com a desculpa de semear sua religião e cultura, invadiam fronteiras para saquear suas riquezas. Essa história se repetiu em toda a América do Sul, e não foi diferente na Ilha de Páscoa. Mas, o que me intrigou mesmo nessa viagem foi essa idolatria cega pelas imagens que construíam a partir das formações rochosas, os Moais, também conhecidos como cabeças da Ilha de Páscoa.
“Com a globalização, concorrência entre empresas, jornada de trabalho prolongada e a internet desenvolvendo uma geração mais individualista, vemos uma sociedade isolada no mundo virtual. Nos dias de hoje, não conhecemos se quer nossos vizinhos ou colegas de trabalho. Nesse cenário, os esportes de aventura têm se difundido em todo o mundo, como se fosse uma válvula de escape para que as pessoas possam descarregar suas energias, e também manter contato com a natureza e as coisas simples da vida.”
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Pablo Bucciarelli, Adventure Camp 2011, São Luiz do Paraitinga
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